Região

Juíza concede liberdade para fazendeiro acusado de maus tratos de animais em Brotas

Decisão anunciada determinou que Luiz Augusto Pinheiro de Souza seja solto, embora deva cumprir medidas cautelares

Colaboração/JCnet Foto/ABC

O dono da fazenda Água Sumida, em Brotas-SP, que estava preso desde o dia 27 de janeiro deste ano pelo crime de maus-tratos contra pelo menos 991 búfalas e cavalos vivos e 137 animais que morreram ou foram encontrados mortos em sua propriedade, ganhou o direito à liberdade,  mas com algumas ressalvas.

Ele também foi denunciado por ameaça, falsificação de documentos e falsidade ideológica. O caso, que ganhou repercussão nacional e gerou comoção, foi considerado por ONGs e outras frentes como uma das “maiores atrocidades já feitas com animais no Brasil”. A liberdade provisória do réu, de 61 anos, que é dono dos animais e da propriedade, foi concedida pela juíza Marcela Machado Martiniano, que também determinou que o mesmo cumpra algumas regras daqui para frente.

Entre as determinações está estipulado que o fazendeiro não se aproxime a menos de dois quilômetros da Fazenda Água Sumida ou de qualquer lugar ou profissional relacionado às atividades da ONG ARA, que cuida dos animais.

O pecuarista também está proibido de sair das 20h às 6h de seu domicílio e também de se ausentar da comarca da residência sem autorização de juízo.

O descumprimento de qualquer uma das medidas pode motivar outro pedido de prisão preventiva como o já cumprido no início no ano.

Multas

O caso descoberto pela Polícia Ambiental após denúncias também gerou multas ao fazendeiro. Os valores ultrapassam os R$ 4 milhões.

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